Walter Gropius

WALTER GROPIUS



É considerado um dos principais nomes da arquitetura do século XX, tendo sido fundador da Bahaus, escola que foi um marco no design,arquitetura e arte moderna e diretor do curso de arquitetura da Universidade de Harvard. Gropius iniciou sua carreira na Alemanha, seu país natal, mas com a ascensão do nazismo, na década de 1930, emigrou para os Estados Unidos e lá desenvolveu a maior parte de sua obra.

Originário de tradicional família de Braunschweig, Gropius nasceu em Berlim, em 18 de maio de 1883. Quando veio ao mundo, seu tio-avô, Martin Gropius, já havia construído um dos mais belos e célebres prédios da capital alemã, o espaço de exposições que hoje é conhecido pelo nome de Martin Gropius Bau.

A fundação da Bauhaus, em 1919, pode ser entendida como um resumo das ideias que o arquiteto vinha amadurecendo desde seu trabalho junto a um dos precursores do movimento moderno, o arquiteto Peter Behrens. Além de Gropius, trabalhavam no escritório de Behrens, por volta de 1910, Le Corbusier e Mies van der Rohe.

Quando se tornou o primeiro diretor da Bauhaus de Weimar, fusão da Escola de Artes Aplicadas e da Academia de Belas-Artes da Saxônia, Gropius trazia consigo, apesar da pouca idade, as melhores qualificações.

Para dirigir e estabelecer o programa de ensino da escola fundada para superar o dilema artístico na produção industrial e de arquitetura, sua experiência no escritório berlinense de Behrens foi essencial.

No escritório de Behrens, ele havia participado do histórico projeto para a companhia de eletricidade AEG, onde o design industrial fora introduzido pela primeira vez. Tratava-se não somente de um projeto arquitetônico para a fábrica de turbinas, mas de seu completo design corporativo: de aparelhos elétricos a logotipos do papel de carta.

Em 1910, Gropius abriu seu próprio escritório de arquitetura. Dois grandes projetos marcaram sua produção anterior à Primeira Guerra. A fábrica Fagus de 1911, em Alfeld/Leine, um dos primeiros projetos que usaram o ferro e o vidro de forma moderna, e um projeto de fábrica para a exposição do Werkbund de 1914, em Colônia.

OBRAS

Fábrica Fagus, com Adolf Meyer - Alfeld an der Leine, Alemanha (1911-1913)



                                              

O PROPRIETÁRIO DA FAGUS

   Carl Benscheidt (1858-1947) fundou a Companhia Fagus em 1910. Ele começou trabalhando para Arnold Rikkli, que praticava medicina natural, e lá aprendeu sobre sapatos ortopédicos (que eram muito raros na época). Em 1887 Benscheidt foi contratado pelo fabricante de sapatos Carl Behrens para trabalhar em sua fábrica em Alfeld.       Após a morte de Behrens em 1896, Benscheidt tornou-se diretor da companhia, que estava indo pelo caminho de se tornar a maior do setor na Alemanha. Em outubro de 1910, ele pediu demissão pelas diferenças de opinião com o filho de Behrens.

CONSTRUÇÃO
Prédio principal

   Durante a construção, Gropius e seu companheiro Meyer ficaram sobre grande pressão para que mantivessem o ritmo da obra. A construção começou em maio de 1911 baseada nos planos de Werner e Benscheidt queria a fábrica funcionando no inverno do mesmo ano. Isso aconteceu em parte e em 1912 Gropius e Meyer estavam projetando o interior do edifício principal e outras edificações menores.

   A fim de pagar os custos adicionais do projeto de Gropius, Benscheidt e seu sócio americano decidiram ter um prédio menor do que o primeiro planejado. No inverno de 1912 ficava claro que a fábrica não conseguiria honrar todos os pedidos e uma expansão seria necessária. Desta vez, foi feito um contrato direto com Gropius e Meyer e, daqui em diante, eles seriam os únicos arquitetos das edificações da Fagus. A expansão praticamente dobrou a superfície dos edifícios sendo necessária a adição de uma rua no lado sul. Isso gerou a oportunidade de se criar uma elevação própria para a rua. Inicialmente, a elevação principal foi considerada a norte, que ficava no lado norte, de frente à rodovia e à fábrica de Behren.

   Os trabalhos da expansão começaram em 1913 e estavam quase terminados quando a Primeira Guerra Mundial eclodiu. Durante a guerra era possível fazer trabalhos menores como na instalação elétrica e na chaminé, o que tornou uma característica proeminente do complexo.

   Após a guerra o trabalho continuou com a adição de construções menores como portaria e muros. Naquela época, os arquitetos, em colaboração com professores e estudantes da Bahaus, projetaram os interiores e móveis do edifício principal. Eles também recomendaram a Benscheidt vários designers para a campanha de publicidade da Fagus. De 1923 a 1925, os arquitetos também trabalharam em uma nova expansão, mas esta nunca saiu do papel. Até que em 1927 Benscheidt escreveu para Gropius a fim de suspender todas as atividades até melhora das condições financeiras da empresa.

   O prédio que é comumente chamado de Edifício Fagus é o prédio principal. Ele foi construído em 1911 de acordo com os planos de Werner mas com as fachadas de vidro projetadas por Gropius e Meyer e depois expandido em 1913. O edifício Fagus tem uma base de tijolos escuros de 40 cm de altura, que se projetam da fachada em 4 centímetros. A entrada com o relógio é parte da expansão de 1913. O interior do prédio, que contem principalmente escritórios, foi terminado em meados da década de 1920. As outras duas grandes construções do local são o hall da produção e o armazém. Ambos construídos em 1911 e expandidos em 1913. O hall da produção é um edifício de um andar. É quase invisível da ferrovia e tem uma fachada própria após a expansão. O armazém é um edifício de quatro andares com poucas aberturas. O seu desenho seguiu de perto o plano original de Werner. Gropius e Meyer só fizeram mudanças pequenas no layout do complexo fabril. Além do mais, o layout pretendido por Werner para as construções individuais do complexo foram executadas; uma maior uniformidade e coerência foi obtida, entretanto, existem reduções que foram feitas por Gropius e Meyer em formato, material e cor.



SISTEMA DE CONSTRUÇÃO
"O prédio principal foi erigido no topo de uma fundação estável com fundo plano. Concreto sem reforço, misturado com seixo foi usado para a fundação das paredes, uma mistura incapaz de suportar grandes cargas individuais. Da fundação, o prédio foi levantado com tijolos planos com portas de madeiras reforçadas. Os tetos foram sustentados com uma concha e acabados com gesso. Os assoalhos foram compostos de pranchas sem fixação entre as juntas. Por isso, os tetos do prédio principal não são contínuos e também são incapazes de ter uma função de suporte necessária.”
DESIGN
   Embora construído com diferentes sistemas, todos os prédios do local tem uma imagem em comum e parecem-se como um todo. Os arquitetos conseguiram isso pelo uso de materiais comuns em todos os prédios. O primeiro é o uso de janelas de vidro que vão do chão ao teto em molduras de aço que contornam os cantos dos edifícios com um suporte estrutural visível (às vezes sem nenhum). O outro elemento unificador é o uso dos tijolos. Todos os edifícios tem como base um tijolo preto de 40 cm de altura e o restante de tijolos amarelos. O efeito combinado é uma sensação de luminescência ou como Gropius a chamou "eterealização"
   A fim de melhorar esta sensação de luminescência, Gropius e Meyer usaram uma série de refinamentos óticos como elementos horizontais maiores do que os verticais nas janelas, janelas maiores nos cantos e mais altas no último andar.
   O design do prédio foi orientado pela ferrovia. Benscheidt considerava que o ponto de vista dos passageiros nos trens era o que determinaria a imagem do prédio e deixou uma fachada mais alta deste lado.

   Por muitos anos, as pessoas pensavam que o prédio principal era feito de concreto  ou aço, graças a fachada de vidro . Entretanto, durante a sua renovação na década de 1980, ficou claro que não era nenhum dos dois. Jürgen Götz, o engenheiro responsável pela renovação desde 1982, descreve a construção assim:

   O mesmo tipo de desentendimento repousa na fachada de vidro do prédio, onde muitos a descrevem como um muro de cortina, similar à que Gropius usou para o Edifício Bauhaus em Desau.






                                                         













  













                                             

                                   



Museu Arquivo Bauhaus

Ano de Construção:1976-197
Localização:Berlim, Alemanha
Walter Gropius sonhou elaborar um arquivo permanente para Bauhaus muitos anos antes que ele encomendou este projeto.
Gropius só podia imaginar esse arquivo como uma entidade independente, sem relação com qualquer outro museu, devido à natureza inovadora da escola que ele fundou. Ele acreditava que o projeto seria “castrado” pela incompreensão de pessoas de fora da escola, se o arquivo é formalizada como um departamento de outra instituição mais conservadora.
Anos antes o arquivo era mesmo um sonho Gropius seu prédio design ideal para hospedagem de tal instituição. Este projeto serviu de base para a construção final, mas sofreu mudanças consideráveis, devido às diferenças de terreno decorrentes da transferência da cidade.
O complexo é composto de duas estruturas de dois andares, que são quase todos iguais e paralelos um ao outro, unidas por uma seção intermediária e ligados por corredores que às vezes desaparecem sob a estrutura do edifício e de outros países emergentes que lhe permite ver a paisagem.
As características de ambas as estruturas são as linhas de 4×4 metros sinos teto alto, rigorosamente alinhados com a face norte, para melhor iluminação.
A frente montado em uma estrutura de concreto armado é dividido em seções individuais sublinhadas por juntas escuras entre painéis de concreto pintados de branco.

                                                                       
Casa Gropius

Construída em 1938 em Lincoln, Estados Unidos. 
O acesso ao edifício é oblíquo e sinuoso. Ele não é visto frontalmente, senão que as fachadas principal e lateral dão lugar a uma única perspectiva em movimento. Esquadrias horizontais de vidro e marcos negros compõem os muros brancos do edifício. Uma marquise plana leva à porta de entrada. Ao fundo, uma escada elicoidal externa leva ao terraço superior.
O acesso ao edifício é oblíquo e sinuoso. Ele não é visto frontalmente, senão que as fachadas principal e lateral dão lugar a uma única perspectiva em movimento. Esquadrias horizontais de vidro e marcos negros compõem os muros brancos do edifício. Uma marquise plana leva à porta de entrada. Ao fundo, uma escada elicoidal externa leva ao terraço superior.

                       

A marquise, entretanto, protege dois acessos. Um deles é invisível pela perspectiva de acesso. Trata-se da porta externa do estúdio do arquiteto, que leva diretamente, através de um caminho de pedras, à escada elicoidal externa. O terraço superior é a área de lazer do quarto dos filhos: só é acessado através desse ambiente e da escada externa. O terraço superior é o ponto de encontro entre o trabalho e a família. A escada externa é o elemento que marca esta união.

                                              

O hall de entrada leva aos principais ambientes da casa. Os ambientes não são integrados, senão separados por portas. Do hall, se pode dirigir ao escritório, logo ao lado da entrada; ao salão de jantar; à copa, ao fundo; ao porão; além da área para guardar casacos, e o lavabo.

                                                



A escada que leva ao piso superior é o elemento principal do hall de entrada. Um volume maciço e levemente curvo. Seus degraus são de madeira, e finas barras de ferro configuram uma espécie de guarda-corpo que vão de piso a teto.

                                                

A vista posterior do edifício é determinada pelas varandas e terraços, de modo distinto à perspectiva de entrada, determinada pelos acessos e circulações. Da copa, que mantém contato com a cozinha e o salão de jantar, um volume sobressai dos limites cúbicos do edifício. Esse volume abriga uma varanda envidraçada. Do salão de estar, que é acessado pelo salão de jantar ou pelo escritório, aparece uma segunda varanda, porém aberta, ainda que protegida por uma marquise com brises horizontais que se destaca no alto do edifício. Ambas varandas se conectam através de um caminho de pedras.


                                             



Bauhaus Dessau

Foi criada em 1926,em Dessau, Alemanha.

Motivado a criar uma nova forma de pensamento através da interseção entre arquitetura, arte, design industrial, tipografia, design gráfico e design de interiores, Walter Gropius foi inspirado a criar uma instituição conhecida como a Bauhaus em Dessau , com um estilo emergente que influenciaria a arquitetura para sempre.


                                                             

Inicialmente em Weimar, razões políticas forçaram a mudança da escola para Dessau. Gropius tomou isso como uma oportunidade para construir uma escola que refletisse suas esperanças quanto à educação da Bauhaus. O estilo das instalações de Dessau insinua a fase mais futurista de Gropius em 1914, mostrando também semelhanças com o estilo internacional.

                                                      

As extensas instalações nos planos incluem espaços para ensino, habitações para estudantes e membros da faculdade, um auditório e escritórios, que foram fundidos juntos em uma planta que lembra a configuração de um cata-vento. De cima, este arranjo sugere a forma de hélices de avião, intensamente fabricados nas áreas circundantes de Dessau.

                                                       

O edifício é composto de três alas conectadas por passarelas. Os espaços da escola e das oficinas são associados através de uma grande passarela de dois pavimentos, que cria a cobertura da administração localizada na parte inferior da passarela.
As unidades habitacionais e o edifício educacional são conectados através de uma ala para criar fácil acesso ao átrio e ao refeitório. A ala educacional contém administração e salas de aula, sala de professores, biblioteca, laboratório de física, salas modelo, subsolo, piso térreo e dois andares superiores.

                                                          

Suas dimensões "desmentiam a enorme importância simbólica que ganharia, à medida que sua reputação nacional e internacional cresceu como um laboratório experimental e comercial para o design depois de 1927 como um viveiro de arquitetura e desenho urbano".


                                 




GROPIU'S IMPINGTON

A escola foi inaugurada em 1939, duas semanas após a eclosão da Segunda Guerra Mundial. Foi o quarto Village College a ser inaugurado em Cambridgeshire. Como uma faculdade da aldeia, a intenção original era abranger todos os aspectos da aprendizagem na aldeia e incluía um espaço de destaque para a educação de adultos.
Henry Morris, fundador do sistema de faculdades de vilarejo, empregou arquitetos proeminentes para projetar as faculdades, e Impington foi projetado por Walter Gropius, fundador da Bauhaus School of Architecture, e seu parceiro Maxwell Fry.

                                                   







Bibliografia:























Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Richard Meier

Affonso Eduardo Reidy

David Libeskind