Flávio de Carvalho

 FLAVIO DE CARVALHO 


Flavio de Carvalho nasceu em 10 de 1899, em Barra Mansa - Rio de Janeiro. Morreu em  4 de junho de 1973, Valinhos, São Paulo  

Filho de família de muitas posses, pôde receber uma educação privilegiada na França (de 1911 a 1914) e na Inglaterra, onde frequentou a Universidade de Durham. Em 1922, formou-se em engenharia civil. Ao mesmo tempo e na mesma escola, fez seus estudos de belas artes. Retornando ao Brasil, empregou-se como calculista na famosa firma de construção civil de Ramos de Azevedo (1924).

Flávio de Carvalho escrevia sobre arquitetura no extinto jornal "Diário de São Paulo", e em 1956, seu editor pediu que fizesse um modelo de roupa masculino. Flávio deu o nome de Experiência nº 3 ao seu projeto e criou uma saia de náilon, uma camisa bufante, um chapéu e uma meia de modelo arrastão com sandálias de couro como solução para o excessivo calor. Ele mesmo desfilou com seu protótipo em 18 de outubro daquele ano em São Paulo.

O pioneirismo ao usar o próprio corpo em uma prática artística não foi o único fator para fazer dele um dos nomes centrais da vanguarda brasileira na primeira metade de século XX. Contemporâneo dos modernistas da primeira geração, Carvalho desenvolveu uma produção multidisciplinar que, em um período de campos artísticos ainda muito demarcados, lhe valeu uma extensa lista de atividades profissionais: pintor, arquiteto, escultor, cenógrafo, designer, jornalista, escritor e dramaturgo.

Na arquitetura (trabalhou com cenografia, projeto de móveis e decoração de interiores). Participou de diversos concursos públicos, como por exemplo para o Palácio do Governo do Estado de São Paulo, em 1927, no qual apresentou um edifício monumental com volumes decompostos marcados pela "intensidade dramática", segundo o juri, dos jogos de luzes vindos dos holofotes.

Em 1939, Flávio de Carvalho recebeu uma indicação (feita pelo Prof. Paul V. Shaw) ao Prêmio Nobel de Literatura sem, contudo, ganhar Vanguardista, artista é hoje visto como precursor de questionamentos de gênero.


Obras: 

O conjunto de casas da alameda Lorena (1936/1938)


Também conhecido como a "Vila Modernista dos Jardins", o conjunto está localizado na esquina com rua Ministro Rocha de Azevedo (bem próximo à Avenida Paulista). Eram 16 casa implantadas da seguinte maneira: quatro casas contíguas, uma maior na esquina com a Ministro Rocha de Azevedo e outras sete em uma ruazinha particular aos fundos da alameda Lorena; e outras quatro casas na rua Ministro Rocha de Azevedo.

O interior das casas era mobiliados com móveis fixos projetados pelo arquiteto e executados em alvenaria. Entre outros detalhes de sua autoria estão os ladrilhos hidráulicos inspirados nos "Cinco Sentidos do Homem" que serão tratados a seguir.

A fazenda Capuava (1939)

É considerada como síntese de seu pensamento arquitetônico. Nela, a decoração é tão importante quanto a arquitetura! A frente do edifício tem a forma de um trapézio alto; e seu interior é um grande salão sem divisórias, com cortinas de panos coloridos que dançam com o vento. Os banheiros e a cozinha são revestidos com chapas de alumínio, material considerado extremamente moderno. Ela possui também uma lareira com cúpula da mesma matéria-prima pensada para soltar fumaça colorida, fato que, por si só, comprova a imaginação e irreverência do arquiteto.


Na arquitetura (trabalhou com cenografia, projeto de móveis e decoração de interiores). Participou de diversos concursos públicos, como por exemplo para o Palácio do Governo do Estado de São Paulo, em 1927, no qual apresentou um edifício monumental com volumes decompostos marcados pela "intensidade dramática", segundo o juri, dos jogos de luzes vindos dos holofotes.

Em 1930, foi conferencista no Congresso Pan-Americano de Arquitetos com "A Cidade do Homem Nu", cujo objetivo central era enfatizar sua tese ligada ao movimento antropofágico do homem despido dos preconceitos da civilização burguesa.


Bibliografia:

https://fundacaoschmidt.org.br/flavio-de-carvalho-pioneiro-da-performance-que-escandalizou-os-anos-1950/

https://www.escritoriodearte.com/artista/flavio-de-carvalho

https://www.archdaily.com.br/br/913591/do-ladrilho-hidraulico-ao-aluminio-a-irreverencia-de-flavio-de-carvalho-no-brasil-moderno








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